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Publicado em 21 de agosto de 2012 às 10h28min
Tag(s): Educação Superior
A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) intercedeu junto às agências de fomento de pesquisa nacional para que as mesmas reconsiderem os prazos que tiverem necessidade comprovada de adiamento do prazo de entrega das pesquisas vinculadas às universidades federais, em greve há três meses. Até agora não houve retorno. Procurada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), não confirma informação veiculada recentemente de que não adiará prazo.
Um professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) concedeu declarações à Agência Brasil afirmando que a Capes, que é responsável pela avaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensu no país,teria enviado documento ao programa, do qual ele faz parte, afirmando que nenhum calendário seria alterado. “Prazo de bolsas, editais, toda a burocracia das agências está mantida, como se não estivéssemos em greve”, afirmou à Agência Brasil o professor associado da Escola de Comunicação daUFBA, André Lemos, representante da área de comunicação no CNPq).
No entanto, por meio de sua assessoria de comunicação, a Capes desmentiu a informação, ressaltando que nunca falou ou emitiu comunicado a esse respeito. Questionada sobre um posicionamento, a Capes não retornou até o fechamento desta.
Por conta da extensão da greve, pesquisadores de todo país estão preocupados com os prejuízos que podem ter por diante do atraso de orientações e pesquisas que não ocorreram devido à paralisação.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também foi procurado para confirmar a informação, mas até o fechamento não retorno.
Segundo a presidenta da ANPG, Luana Bonone, a posição divulgado na imprensa das agências de fomento não equivale à realidade vivida nos campi das universidades. Em As avaliação, a greve nacional afetou as atividades acadêmicas e científicas com adesão de 80% das instituições, prejudicando o andamento das pesquisas.
“A greve é legítima, uma vez que é preciso ampliar as verbas para a educação, ciência e tecnologia no país. Mas, já temos relatos de pesquisadores que precisarão de prazos estendido para conseguir entregar seus projetos. Por isso, enviamos carta às agências para que analise caso a caso. Nem todos os trabalhos têm essa necessidade”, declarou Luana ao Vermelho.
Luana Bonone acredita que se os prazos não forem estendidos para alguns, afetará o trabalho que vem sendo feito. "Os estudantes não vão conseguir concluir ou, se conseguirem, vão acabar entregando trabalhos com pouca qualidade, o que afeta os programas diretamente, reduzindo o número de bolsas e também caindo o conceito. O estado brasileiro deve garantir o direito ao trabalhador em fazer greve, o que inclui a flexibilização dos prazos", completou a presidenta da ANPG, que não recebeu nenhum retorno sobre o posicionamento oficial da Capes e nem do CNPq. A carta foi enviada na segunda semana de agosto. As agências não confirmaram terem recebido o documento da entidade estudantil.
Fonte: Portal Vermelho