PROIFES-Federação critica contraproposta tardia do Andes

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 11h24min

Tag(s): Carreira Docente



A Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES-Federação) criticou nesta quinta-feira, 23 de agosto, a contraproposta publicada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) para encerrar a greve dos docentes das universidades federais.
Para o PROIFES-Federação, a nova proposta é pior porque não valoriza a titulação do profissional e prejudica a progressão na carreira. Em nota, a entidade afirma que a iniciativa “é fruto do desespero de quem não soube negociar e perdeu o bonde da história, já que a FASUBRA irá igualmente firmar acordo com o Governo, com a volta ao trabalho dos funcionários técnico-administrativos na semana que vem, enquanto que, ao mesmo tempo, em diversas universidades a greve dos docentes foi terminada, tendência essa claramente irreversível”.
A contraproposta do Andes já foi negada pelo governo, que reafirmou que as negociações estão encerradas, já que ao longo dos meses em que funcionou o GT de Carreira, o Andes não encaminhou nenhuma ‘contraproposta’ concreta e o faz apenas após a assinatura do acordo com o PROIFES-Federação, que prevê reajustes de 20% a 45% para os professores das federais.
A proposta apresentada pelo Andes desvaloriza a lógica da titulação, em que o professor irá receber salário mais alto quanto maior for o seu grau de formação, além de dificultar a progressão para quem está no início da carreira.
Outro ponto bastante criticado é a fusão das carreiras do Magistério Superior (MS) e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) proposta pelo Andes. Isso resultaria em graves prejuízos para os docentes do EBTT, já que a cultura de desenvolvimento na carreira do MS, que tem 70% de doutores, passa hoje pela exigência de titulação para progressão, em contraposição a carreira do EBTT, que tem um perfil totalmente diverso e há menos de 10% de doutores.
O Andes defende ainda a extinção do cargo de titular por concurso público, o que implicaria isolamento de Universidades e Institutos Federais em relação a instituições de qualidade do Brasil e do exterior, já que renomados docentes de fora do sistema seriam impedidos de ingressar no cargo mais alto da carreira – o que hoje é possível.
O Termo de Acordo assinado pelo PROIFES-Federação, ao contrário, consolidou a manutenção de duas carreiras com vencimentos isonômicos e garante a possibilidade de entrar para titular por concurso público, mas será possível chegar a titular ‘internamente’ à carreira – um grande ganho para a categoria.
Segundo estatísticas publicadas pelo PROIFES-Federação, o acordo já firmado com o Governo garantirá aos professores, em março de 2015, mantida a previsão de inflação do mercado (em torno de 5%), os maiores patamares salariais dos últimos 20 anos, com reajustes que variarão entre 25% e 44%. Essa recomposição, na atual conjuntura, será ao que tudo indica a maior a ser concedida a funcionários públicos federais.
A análise completa da contraproposta do Andes pode ser acessada no site do PROIFES-Federação – www.proifes.org.br.
 

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