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Publicado em 24 de agosto de 2012 às 11h25min
Tag(s): Internacional
Confrontos entre estudantes e a polícia foram registrados em várias áreas de Santiago nesta quinta-feira durante mobilização convocada para exigir educação pública gratuita e de qualidade no Chile, que possui um dos sistemas educacionais mais caros do mundo. Os estudantes chilenos realizam hoje 14 marchas simultâneas pelas ruas da Grande Santiago.
Os principais enfrentamentos ocorreram no centro da capital, onde três mil estudantes se reuniram na Praça de Armas e depois avançaram por vários pontos da cidade. Nas imediações do palácio presidencial de La Moneda, pessoas encapuzadas entraram em conflito com agentes da polícia usando pedras, paus e garrafas. Homens da polícia tentaram dispersá-los, o que provocou incidentes. Alguns estudantes se refugiaram no prédio principal da Universidade do Chile, que está ocupada desde sexta-feira.
A polícia respondeu aos ataques com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo. Os choques paralisaram por cerca de duas horas o trânsito na avenida Alameda, a principal da capital chilena. Até o momento, não foi divulgado um registro oficial de detidos.
Os manifestantes denunciam que não são ouvidos pelo governo do direitista Sebastián Piñera, que desde o ano passado enfrenta manifestações estudantis por uma educação pública gratuita. "Este governo ouve com muita atenção o que dizem os cidadãos, e todos os cidadãos, não apenas aqueles que marcham e tomam escolas, mas todos os cidadãos", respondeu o presidente Piñera, durante um ato no palácio presidencial. "Estamos profundamente comprometidos com uma reforma educacional que garanta a todas as nossas crianças e aos nossos jovens uma educação de qualidade", acrescentou o mandatário.
Os estudantes, principalmente os do ensino secundário, intensificaram seus protestos nas últimas semanas por considerarem insuficientes as medidas adotadas pelo governo para melhorar a educação e que beneficiam, principalmente, os universitários.
Na cidade de Providencia, os Carabineros, como é conhecida a polícia chilena, impediram a passagem de cerca de dois mil estudantes que se aproximavam da prefeitura para protestar contra a política de desocupações do prefeito Cristián Labbé, ex-agente da polícia repressora da ditadura de Augusto Pinochet. Os Carabineros informaram à ANSA que na cidade de Ñuñoa, cerca de três mil estudantes se encaminham para a sede municipal para protestar contra o prefeito, Pedro Sabat.
Fonte: Portal Terra com informações da AFP e da Ansa