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Publicado em 27 de agosto de 2012 às 17h42min
Tag(s): UFRN
O 15º Seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, que discute Transportes e Mobilidade Urbana durante todo o dia desta segunda-feira, 27, trouxe à Natal o Ministro das Cidades, Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro, que em sua palestra disse que o Ministério está à disposição do Rio Grande do Norte, “para podermos avançar na mobilidade
urbana e na mobilidade econômica”.
O evento foi aberto pelo presidente do Fecomércio, Marcelo Fernandes de Queiroz, que saudou as autoridades presentes e os parceiros, além dos presentes, afirmando que “garantir a mobilidade urbana em sua plenitude é garantir negócio”. Essa frase, segundo ele, “traduz muito bem os motivos pelos quais trouxemos o tema para ser debatido”.
Esse tema, afirmou, é um dos mais preocupantes para os empresários. “Natal precisa e clama por intervenções rápidas e eficazes. Estamos à beira de um colapso em nosso trânsito”, disse Marcelo, comparando a frota de Natal há seis anos, quando existiam 280 mil unidades, e hoje com 468 mil veículos, 67% a mais.
O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales, destacou a importância desse setor para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. “Ao empreendedor não é dada apenas a tarefa de produzir, mas as soluções logísticas”, disse ele, reconhecendo que os empresários podem participar das soluções, mas cabe ao estado as soluções de infraestrutura.
“Sabemos produzir e gerar emprego e renda”, afirmou Amaro Sales, reconhecendo, ainda, que o Governo do Rio Grande do Norte não pode resolver, sozinho, esses problemas. “Precisamos do governo federal e da nossa bancada federal para trabalhar soluções que, implementadas, se transformem em qualidade de vida para a população”.
A reitora Ângela Paiva Cruz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) destacou a parceria nesse evento na busca de elementos capazes de enriquecer a discussão sobre o desenvolvimento do Estado do RN.
O tema, transportes e mobilidade urbana, “nos entusiasma especialmente pelo fato de compor nosso Plano de Gestão 2011/2015, na previsão de um desenvolvimento dos planos de mobilidade urbana, dando conta da dimensão e complexidade da UFRN, incluindo incentivo ao transporte coletivo e formas alternativas para a melhoria do trânsito e garantia de acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida”.
Essa proposta, disse a reitora, visa atender a demandas resultantes de um grande crescimento verificado no Campus Central da UFRN, “nossa principal área de atuação”. Além disso, urgia, também, contemplar a acessibilidade ao usuário do Campus, advindo de qualquer ponto da cidade. Foi feito um diagnóstico e implementadas medidas, dentre as quais construção de
passarelas com piso tátil, rampas, plataformas e elevadores, sinalizações e novos estacionamentos.
Chega-se, agora, a uma nova etapa, com a elaboração de projetos para execução em futuro próximo, nos quais se incluem novas passarelas, ciclovias e intervenções para melhoria do transporte coletivo, disse a reitora, frisando que o modelo de mobilidade proposto pela UFRN não é exclusivo do campus central. No interior, as construções já obedecem às normas de acessibilidade, informou.
O deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente da Tribuna do Norte, chamou a atenção para o grande público do evento, afirmando que esse é um dos seminários que reuniu um dos maiores públicos. Ele destacou a importância da presença do Ministério das Cidades e do BNDES, órgãos importantes para resoluções de problemas dessa natureza. “É hora de unir e de somar para ser a hora do Rio Grande do Norte”, afirmou o deputado.
O deputado Ricardo Mota, presidente da Assembleia Legislativa, disse que esta se incorpora às reivindicações, justas, feitas pelo deputado Henrique Eduardo, afirmando que “o nosso objetivo é debater os problemas do Rio Grande do Norte e apontar as soluções. Esse tema não poderia ser mais oportuno”.
O Ministro das Cidades, Aguinaldo Velloso falou sobre o desenvolvimento econômico do Brasil, da estabilidade da moeda, “que nos elevou de um patamar de um país pobre para a sexta economia do mundo”. O aumento da classe média e o percentual da população rural que migrou para os centros urbanos foram fatores que, segundo ele, contribuíram para o agravamento desses problemas de mobilidade, “e isso nos obriga a responder de forma
decisiva em relação ao tema, porque tem impacto direto na vida das pessoas”.
Ele falou do lançamento do Pacto de Mobilidade das Grandes Cidades pelo governo federal mostrando que investir em mobilidade urbana é devolver vida para as pessoas. O ministro das Cidades fez reflexões sobre o “tempo perdido em engarrafamento, que poderia ser investido na capacitação profissional, em momentos com a família. Temos que pensar a mobilidade como fator humano, e não apenas como obra”.
Apresentando dados do mês de julho, que dão conta que 320 mil novos veículos passaram a integrar a frota no Brasil, o Ministro das Cidades reconhece que “não temos uma cultura de usarmos um transporte de massa, porque não temos ainda um transporte de massa que atenda, e por não termos esse transporte devidamente adequado, temos os grandes engarrafamentos em nosso país”.
“Temos muitas dificuldades para vencer, mas quero reafirmar o compromisso desse governo em remover esses obstáculos. Temos que sentarmos juntos para que as coisas aconteçam”, afirmou o Ministro Aguinaldo Velloso, enfatizando que a boa execução de qualquer obra tem relação direta com o planejamento. “Se tem um planejamento eficiente, tem uma execução que represente a expectativa daquela obra”, disse ele.
A palestra do ministro Aguinaldo Velloso foi complementada com exposição feita pelo chefe de gabinete do Ministério das Cidades, Ricardo Caiado Alvarenga, que fez uma relação direta de problemas como aumento de acidentes, congestionamentos urbanos, poluição, consumo exagerado de combustíveis e aumento nos gastos familiares com o aumento no número de
automóveis.
Ricardo Caiado afirmou que o custo de acidentes de trânsito, por ano, chega a R$ 25 bilhões anuais. São 37 mil mortes/ano em acidentes de trânsito, informou. Qualquer política pública que se faça nesse sentido, “estaremos reduzindo gastos desnecessários para os cofres públicos”.
A governadora Rosalba Ciarlini fez coro aos demais promotores do evento ao enfatizar a importância da união de esforços e lembrou algumas iniciativas do governo federal, que priorizou o estado, como a implantação no RN do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Elogiou a Lei 12.587, em que a presidenta Dilma Roussef definiu a política de mobilidade urbana, “uma questão tão fundamental para a qualidade de vida da população”.
É importante, disse a governadora, estarmos lado a lado: poder público e iniciativa privada. Rosalba Ciarlini falou, ainda, do estágio em que se encontram as obras de mobilidade no Rio Grande do Norte, enfatizando a importância de cada uma delas para a cidade. Ela prometeu que será feita uma reestruturação dos projetos, com o compromisso pela sustentabilidade e
zelo pelo público, disse Rosalba, lembrando o desperdício que representa uma obra paralisada.
O Seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte continua nesta tarde, com palestras sobre Política de Transporte x Política com Transporte, desafios da Mobilidade Urbana e Sistemas BRT, com o engenheiro Carlos Batinga e o diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Marcos Bicalho, respectivamente, seguido de debate
mediado pela reitora Ângela Paiva Cruz. Em seguida o arquiteto Jaime Lerner fará a palestra de encerramento, em debate mediado pelo presidente da FIERN, Amaro Sales.
UFRN