Centro de Biociências pesquisa desenvolvimento e melhoramento no frutífero do RN

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 17h44min

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 Em vista da atual posição do estado em relação à produção de frutas para a exportação, importação e consumo local, a professora Cristiane Elizabeth Costa de Macêdo do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem desenvolvido o projeto de pesquisa intitulado “Caracterização da resistência/suscetibilidade ao estresse salino em frutíferas tradicionais de interesse econômico”.

O projeto pretende elaborar um trabalho de pesquisa que tem como objetivo identificar o potencial fruticultor do estado e suas contribuições no desenvolvimento da capacidade empreendedora no Rio Grande do Norte, como também do nordeste em geral.

Essa proposta se engaja na presente situação do estado, que tem, na produção de frutas frescas para o mercado externo, uma das atividades mais dinâmicas que merece destaque dentro da expansão do agronegócio brasileiro. Segundos dados obtidos na pesquisa, o potencial produtivo e a ótima localização geográfica do Rio Grande do Norte oportunizam a criação dos mais diversos empreendimentos. Este fator, associado a investimentos em tecnologia, aumentam um maior aproveitamento das frutas.

A dinâmica de desenvolvimento frutífero foi alcançada a partir da segunda metade do século XX, na qual a penetração do capitalismo no campo fez-se através de uma industrialização da agricultura, responsável pela produção de frutas tipo exportação, que encontraram lugar de destaque nas grandes cadeias internacionais de supermercados da Europa e América do Norte.

Com a necessidade de desenvolvimento e ampliação de tecnologias que possam promover a expansão desse mercado no estado, a pesquisa busca analisar, a partir de tal perspectiva, como o cultivo de frutíferas tradicionais, como o abacaxizeiro e a bananeira, possam ser bem sucedidas em matéria de produção e escoamento, levando em consideração fatores como a fitossanidade (sanidade da planta), as condições edafoclimáticas (condições do solo) e a aceitação pelo mercado consumidor.

Para que exista essa adequação, a pesquisa busca ampliar a utilização de variedades de frutíferas resistentes a doenças, levando em consideração que no Rio Grande do Norte o uso de mudas de variedades resistentes é pouco difundido, por isso não se têm dados do desempenho agronômico nas condições de cultivo locais (água salinizada, altas temperaturas, baixa pluviosidade, etc.).

Neste sentido o projeto propõe caracterizar o nível de resistência e suscetibilidade ao estresse salino de duas frutíferas de grande importância econômica para o estado do Rio Grande do Norte, a saber, o abacaxizeiro e a bananeira, e assim promover pesquisas e avaliar o desenvolvimento de variedades de espécies tradicionais de interesse em condições salinas visando evidenciar os transcritos (biomoléculas), possivelmente implicados nos mecanismos de resistência e sua posterior utilização nos programas de melhoramento genético de espécies de áreas salinizadas no semiárido Nordestino.

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