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Publicado em 04 de outubro de 2012 às 11h18min
Tag(s): Trabalho
O salário médio mensal das pessoas com nível superior no Brasil diminuiu na última década, passando de R$ 4.317 para R$ 4.060 entre 2000 e 2010, apontou estudo elaborado pela Brasil Investimentos & Negócios (Brain).
A queda de 6% foi maior do que a registrada entre os que completaram apenas o ensino médio, de 4,4% (de R$ 1378 para R$ 1317). Já o diferencial de salários entre os trabalhadores com ensino superior e aqueles com ensino médio declinou de 213% para 208%.
De acordo com o estudo, o resultado pode ser explicado pela queda do salário médio em algumas formações especifícias, que tiveram grande aumento na proporção de formados, como enfermagem, administração de empresas, turismo e famárcia.
Por outro lado, algumas profissões tiveram aumentos significativos nos salários mas queda na participação entre os formados, principalmente em medicina, arquitetura, engenharias, economia e ciências sociais.
A pesquisa detectou também que, enquanto a porcentagem de matrículas no ensino médio cresceu aproximadamente 44%, a porcentagem matriculada nos cursos de graduação aumentou mais de 80%.
O total de pessoas com ensino médio completo cresceu 85%, passando de 14,8 milhões em 2000 para 27,4 milhões em 2010. Já o total de pessoas com ensino superio, incluindo pós-graduados, cresceu quase 97%, passando de 5,4 milhões para 10,6 milhões no mesmo período.
Países
Na comparação entre países, no Brasil apenas 10% dos adultos têm ensino superior, enquanto na Itália e no México esse percentual é de 15% e no Chile é de quase 25%.
Já internamente a pesquisa detectou desconcentração da oferta de pessoas com ensino superior no Brasil, sendo que na região sudeste houve recuo de seis pontos percentuais em favor das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, com crescimento de dois pontos percentuais cada.
A região Sul registrou 16% do total da oferta em ambos os anos.
Gêneros e rendimentos
Ainda segundo o estudo, houve aumento de participação das mulheres, que passaram de 56% da força de trabalho com ensino superior em 2010 para quase 60% dessa força de trabalho. A participação das mulheres cresceu também na grande maioria das áreas, permanecendo em menor número apenas em computação, física e estatística.
Em 2010, as maiores desigualdades estão nos cursos de economia, direito e produção e processamento, o que pode indicar que esses são os cursos com maior desnível na qualidade das faculdades e/ou formados.
Por outro lado, os cursos da área de educação, farmácia e terapia e reabilitação foram os menos desiguais com relação à distribuição dos rendimentos.
Fonte: último Instante