Cientista desmistifica causas do aquecimento global e diz que oceanos estão esfriando

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 16h48min

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 “O Aquecimento global que começou em 1976, já terminou em 1978. E foi natural, resultante da atividade solar e do aquecimento dos oceanos, em particular o Oceano Pacífico. Os gases emitidos pelas ações humanas não interferem no clima global”. Com essa afirmação, o professor Luiz Carlos Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), pretende desmistificar a teoria de que o aquecimento do planeta é resultado das atividades humanas, que liberam gás carbônico (CO2) e metano (CH4) .

Luiz Carlos Molion proferiu a palestra de abertura da XVIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC ) da UFRN, na manhã desta terça-feira, 23, no auditório da reitoria, abordando o tema “Energias Renováveis e Mudanças Climáticas”.

O palestrante falou que hoje o mundo vive num impasse: diante da hipótese de que esses gases sejam os causadores do aquecimento global, por outro lado a matriz energética do mundo depende em 80% de combustíveis chamados fósseis (carvão mineral e petróleo), que por sua vez emitem esses gases. “O mundo precisa de energia para crescer e não se pode liberar esses gases”, questiona.

Em sua palestra, Molion pretendeu demonstrar que o aquecimento já terminou e os gases emitidos pelas ações humanas “não interferem no aquecimento global, devido ao fato de que o sol está no mínimo de atividade, o que ocorre somente a cada 100 anos”. Segundo ele, o sol entrou no mínimo de atividades em dezembro de 2008 e por isso os oceanos estão esfriando.“Esses dois fatores indicam que teremos um resfriamento global, e não aquecimento, nos próximos 20 anos. “Até 2030/2032”, exemplificou Molion.

Luiz Carlos Molion acredita que por trás dessa “propaganda” de aquecimento global, existem interesses econômicos dos países desenvolvidos, que ele chama de “neocolonialista” (países que dominam pela tecnologia e sistema financeiro). Ele cita o exemplo dos EUA, que não assinaram o Protocolo de Kyoto, porque estão explorando o que se chama de “gás de rocha, que tem um impacto ambiental violento”, explicou.

Em sua palestra, Molion falou ainda sobre as energias renováveis – solar, eólica (esta, na sua opinião, extremamente duvidosa) – biomassa e, no caso do Brasil, o óleo das palmeiras nativas, mostrando que em várias regiões do País existem potenciais diferentes com relação às energias renováveis.

Abertura

Precedida por apresentação do Quarteto de Sax da Escola de Música da UFRN (EMUFRN), a abertura oficial da XVIII CIENTEC contou com as presenças da reitora Ângela Paiva Cruz, da vice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes, do pró-reitor de extensão, Edmilson Lopes Júnior, presidente da Associação dos Docentes da UFRN (ADURN), Ângela Ferreira, coordenador do SINTEST/RN, José Rebouças, deputada federal Fátima Bezerra, professora Maria Bernardete Cordeiro de Souza, presidente da FAPERN e representando a governadora Rosalba Ciarlini, outros representantes da sociedade civil, professores, alunos e servidores técnico-administrativos.

O pró-reitor de Extensão, o professor Edmilson Lopes Júnior, definiu a CIENTEC como um espaço plural, que congrega mostra científica, reunião acadêmico-científica e eventos de cultura, “múltiplos eventos que expressam a diversidade de práticas e saberes que ocorrem nos espaços nos quais a vida acadêmica ganha vida – laboratórios, salas de aula, auditórios, corredores”.

“A CIENTEC é também a reafirmação dos melhores valores que guiam a vida em uma Universidade – respeito à diversidade, incentivo à busca sem censura do conhecimento, incentivo à autonomia do pensamento e a busca por uma articulação consistente e criativa de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou ainda o pró-reitor.

A reitora Ângela Paiva afirmou que, no “âmbito potiguar, nenhum outro encontro tem a dimensão da CIENTEC, que a cada ano propicia uma oportunidade de interação entre a comunidade do Estado e sua maior universidade”.

Com a realização dessa Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura, a reitora da UFRN diz estar certa de que “avançamos na perspectiva de tornar a atuação da UFRN, em sua tripla finalidade – oferecer excelente ensino, realizar de forma competente e arrojada a pesquisa pura e aplicada, estimular o permanente diálogo com a sociedade através da extensão – mais rica e atualizada, compartilhando-a com a sociedade que a mantém”.

ADURN Sindicato
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