Empresa assina transferência de tecnologia desenvolvida no Inpa

Publicado em 06 de novembro de 2012 às 11h27min

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 O projeto de desinfecção de água é um método para proteção contra bactérias e outros micro-organismos. Já é testado em comunidades da região amazônica desde 2008.

Na última quarta-feira (31) foi assinado o acordo de transferência da tecnologia desenvolvida pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Roland Ernest Vetter, a Água Box, para a empresa Hightech Componentes da Amazônia. A assinatura ocorreu durante o encerramento do 1º Workshop de Inovação - Interação Academia/Empresa.

O protótipo da tecnologia era testado dentro das instalações do Inpa e, desde 2008, está instalado em cinco comunidades indígenas próximo ao rio Juruá, no Amazonas. "Nós desenvolvemos esse equipamento e nós vimos durante a pesquisa que é de suma importância, principalmente para o interior do estado, ajudando a manter a saúde da população", ressaltou Vetter.

A pesquisa se dedicou a estudar método para desinfecção da água por meio de radiação ultravioleta tipo C. Trata-se de um sistema capaz de tornar águas sujas de rios e lagos em água potável, livre de germes, e que já foi testado com sucesso em aldeias na região amazônica. A inovação pode ser considerada como um método para proteção contra bactérias e outros micro-organismos perigosos, que, em alguns casos, podem produzir efeitos negativos não somente para o ser humano, mas também para o meio ambiente.

Atualmente, o Inpa tem 71 produtos e 52 pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Contabiliza, ainda, quatro processos de transferência de tecnologia para empresas: farinha de pupunha integral; processo de obtenção de zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes de gengibre-amargo (Zingiber zerumbet); composição farmacêutica compreendendo extrato de gengibre-amargo; e, agora, o purificador de água.

O diretor do Inpa, Adalberto Val, enfatizou a importância dos produtos estarem disponíveis para transferência à iniciativa privada e, principalmente, para empresas localizadas na região amazônica, em particular no estado do Amazonas. "O caminho do desenvolvimento sustentável passa efetivamente pela geração de renda, inclusão social e fundamentalmente pela agregação desta região à agenda nacional", explicou.

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