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Publicado em 02 de junho de 2009 às 09h29min
Tag(s): Editorial
O Ministério da Educação Cultura (MEC) anunciou na última terça-feira (07/04), uma verdadeira revolução no processo de entrada dos estudantes do ensino médio nas Universidades Federais, propondo o fim dos vestibulares e a reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que passaria a ter 200 questões, ao invés das 63 atuais. O conjunto de medidas foi apresentado à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (ANDIFES) para que a proposta seja devidamente debatida.
Enquanto a mídia dava toda a atenção a essa notícia, uma outra praticamente passou desapercebida. No mesmo dia, a Câmara de Deputados instalou a Comissão Especial de Reforma Universitária, cujo objetivo é o de propor um novo modelo de gestão. O presidente da Comissão é o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) e o relator é Waldir Maranhão (PP-MA). É bom lembrar que o relator já tem em mãos uma proposta, a que foi apresentada pelo deputado Átila Lira (PSB-SP).
Essas duas notícias revelam que novamente o ensino superior público federal volta ao centro das atenções, posto que a ‘Reforma Universitária’ estava colocada de lado já há algum tempo. A questão da autonomia das Universidades Federais e a relação que se estabelecera entre estas e o Governo Federal, está no centro do debate. Através destes fatos, pode-se medir a complexidade que envolve esse processo, já que as primeiras propostas foram feitas em 2004, e até hoje nada foi resolvido. Finalmente em 2009, o tema volta a ser abordado.
O Movimento Docente, atualmente formado pelo PROIFES-Sindicato e o ANDES-SN, deverá retomar uma pauta que interessa diretamente a toda a comunidade acadêmica, formada por professores, servidores e estudantes, pois afeta toda a estrutura que articula o processo de ensino, pesquisa e extensão.
É evidente que a proposta de fim do vestibular é revolucionária, no sentido em que se estabelece uma nova maneira de encarar o processo de ensino e aprendizagem no ensino médio. Mas não podemos esquecer que a estrutura das universidades públicas federais dependerá, em boa medida, das modificações saídas da ‘Reforma Universitária’
Fonte: Comunicação ADURN