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Entrevista em 23 de agosto de 2010
Antoinette de Brito Madureira é graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (1992), e mestre também em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB (1998), onde desenvolveu a dissertação voltada para ‘A crise da razão moderna’ através da linha de estudo ‘Epistemologia’. Na UFRN, cursou ainda a especialização “Antropologia Urbana’ que resultou na pesquisa sobre ‘Mediunidade no espiritismo’. Possui Doutorado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (2010), alcançado com a defesa da tese na qual analisou, a partir da antropologia das emoções, ‘O transe mediúnico no espiritismo Kardecista’.
Em 1996, Antoinette Brito passou a compor o quadro de docentes da UFRN, à frente da disciplina ‘História do Serviço Social’, no Departamento de Serviço Social, onde permanece até os dias atuais. Como professora da Universidade, assumiu por duas vezes a Coordenação da Graduação em Serviço Social e a Chefia de Departamento do mesmo curso.
Atualmente, a professora está à frente da disciplina ‘Pesquisa em Serviço Social’ e responsável por dois ensinos individualizados – ‘Classes e movimento sociais’ e ‘Administração e planejamento em serviço social’.
Na extensão, atuou em um conjunto de projetos que objetivaram a mudança curricular do curso de Serviço Social. A partir da ação, discutia-se com professores da universidade, com o Conselho Regional de Serviço Social e com outros assistentes sociais a formatação da estrutura curricular; o que, segundo a professora Antoinette Brito, “culminou no enxugamento e melhora da grade curricular”.
Com a pesquisa intitulada ‘Médiuns e emoções no campo espírita de Natal’, Antoinette examinou dois centros espíritas da cidade, sendo um ligado à Federação Espírita e outro não ligado a esta Federação. Em seu estudo, a pesquisadora toma a emoção como uma linguagem e busca compreender o manejo dessa emoção pelos médiuns dos dois grupos analisados, de maneira a entender a adesão deles aos diferentes modelos de ser espírita no Brasil.
De acordo com a professora “o interesse é conhecer como, por meio da emoção, os médiuns atualizam a guerra espírita contra o Mal, através da qual estes dão conta dos dilemas dos seus grupos”.