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Entrevista em 09 de setembro de 2007
Logo após concluir a graduação em Enfermagem e Obstetrícia, na UFRN, Rejane Marie Barbosa Davim fez residência durante 15 meses. Em 1980 começou a lecionar na UFRN como professora colaboradora. Em 1982 foi efetivada no Departamento de Enfermagem através de concurso, sendo responsável pela disciplina de Reprodução Humana. Rejane conta que sempre atuou na Maternidade Escola Januárico Cicco (MEJC) com projetos e atividades relacionados à saúde da mulher e, mais especificamente, ligados à obstetrícia. A professora Rejane é vice-coordenadora do curso de Enfermagem, coordenou a especialização em Enfermagem Obstétrica: Habilidades Midwifery para uma Maternidade Segura e faz parte da Base de Pesquisa Enfermagem nos Serviços de Saúde. Atualmente também realiza trabalhos na maternidade do Hospital Universitário Ana Bezerra, em Santa Cruz. Em 1995, iniciou mestrado em Enfermagem, pela Universidade Federal da Paraíba. Neste trabalho, Rejane estudou as causas do abandono dos méto¬dos contraceptivos por mães adolescentes. Em sua dissertação, a professora concluiu que, apesar de fazerem uso dos meios para evitar a gravidez (como pílulas, DIU ou preservativo), a maioria abandonava o tratamento por decisão própria, muitas vezes com o propósito de engravidar novamente. Na pesquisa, a professora entrevistou adolescentes de 13 a 19 anos. Ao concluir o mestrado em 1998, foi convidada a fazer um intercâmbio na Inglaterra durante 45 dias. O projeto era uma parceria da UFRN com a Universidade de Brixton para compartilhar conhecimento dos trabalhos desenvol¬vidos pelas Enfermeiras Midwives, que são profissionais que acompanham mais de perto as parturientes nos hospitais buscando a humanização do atendimento as mulheres. Ao voltar do intercâmbio, a professora Rejane Davim começou a aplicar esses conhecimentos na MEJC. Ela conta que hoje esse trabalho não existe mais como projeto, mas que continua realizando o atendimen¬to humanizado na sua rotina de trabalho. Relacionado aos trabalhos envolvendo obstetrícia, a professora concluiu este ano sua tese de doutorado que avaliou a efetividade das estratégias não-farma¬cológicas para o alívio da dor de parturientes durante o trabalho de parto. Rejane explica que a dor existe, mas pode ser aliviada ou agravada de acordo com o atendimento recebido pela mulher. No doutorado, acompanhou cem mulheres, nas quais aplicou quatro estratégias desenvolvendo um novo método de alívio da dor. Dentre essas técnicas, estão o relaxamen¬to, exercícios respiratórios, massagem e banho de chuveiro. Aliadas ao apoio familiar, essas técnicas simples podem auxiliar no trabalho de parto. Atualmente, Rejane Davim coordena uma pesquisa realizada com os pacientes dos alojamentos con¬juntos nas maternidades dos hospitais Ana Bezerra e Januário Cicco. A pesquisa pretende verificar a qualidade da assistência dos profissionais de saúde na opinião dos atendidos e fazer uma análise com¬parativa entre os atendimentos. Além disso, a pro¬fessora participa também do Projeto Criança 200NULL, onde atua na consulta de enfermagem, auto-exame de mama e consulta dos adolescentes.