A utilização de animais em pesquisas

A utilização de animais em pesquisas

Entrevista em 10 de agosto de 2009

Expedito Silva do Nascimento Junior se graduou em Ciências Biológicas e fez doutorado em Psicobiologia, ambos na UFRN, onde hoje é professor. Atualmente, Expedito ministra aulas de Fisiologia Básica e Anatomia para os estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí, Facisa, onde também ocupa o cargo de vice-diretor.
Em sua pesquisa de doutorado, Expedito fez um mapeamento das estruturas neurais do mocó, um roedor herbívoro encontrado em regiões rochosas do Nordeste brasileiro. Por ter trabalhado com cobaias vivas, ele fala com conhecimento de causa sobre a utilização de animais em pesquisas científicas.
Segundo Expedito, a utilização de animais em testes na graduação, principalmente em aulas como as que ele ministra, não faz mais sentido, uma vez que programas de computador reproduzem com perfeição todas as funções do organismo. A exceção seria em pesquisas mais avançadas, onde os testes in vivo continuam necessários. “Nesse caso, a utilização de animais ainda pode ser minimizada através de planejamento de execução das atividades e, assim, obter o máximo de resultados”, comenta.
O professor também considera fundamental a existência e a atuação da Comissão de Ética para o Uso de Animais, CEUA, da UFRN, criada a partir da aprovação da Lei Arouca (1153/95), que regulamenta a utilização de animais em pesquisas científicas. “A partir de agora a sociedade terá a certeza que as cobaias utilizadas nas pesquisas não sofrerão maus tratos”, afirma.


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