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Entrevista em 14 de dezembro de 2009
Pró-reitor de Planejamento da UFRN desde 2007, João Emanuel Evangelista de Oliveira é formado em Ciências Sociais (1981), mestre também em Ciências Sociais (1991), ambos pela UFRN, e doutor em Ciências da Comunicação, pela Universidade de São Paulo – USP (2000). Durante a graduação, ocupou cargos de direção nos movimentos estudantis e, ao concluir o curso, em dezembro de 1981, João Emanuel Evangelista prestou concurso para professor de Sociologia da UFRN, ingressando no campus de NovaCruz, em fevereiro 1982. Em 1983, foi transferido para o Centro Regional de Ensino Superior de Macau (CRESM). Após o mestrado, em 1992, foi transferido para Natal, onde havia vaga para mestre.
Em seu doutorado na USP, João Emanuel Evangelista realizou uma pesquisa sobre os cadernos culturais da Folha de São Paulo, com estudo da recepção das idéias pós-modernas no Brasil, no período de 1985 até 2000. A tese concluiu que as idéias pós-modernas se difundem quando há um ambiente político de descrença e de derrota política. Quando voltou do doutorado, o professor ingressou no Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais (PPGCS) da UFRN e foi Chefe de Departamento por dois mandatos consecutivos. Posteriormente, se tornou coordenador do PPGCS.
Com a experiência no doutorado, João Emanuel passou a enfatizar mais as transformações e as novas configurações na sociedade contemporânea, principalmente na política e na cultura, e começou a fazer parte de um conjunto de novas pesquisas, dentre elas 'Mídia e Poder'. A pesquisa observava claramente que, hoje, a sociedade sofre um processo de midiatização e a mídia precisa ser estudada pelas Ciências Sociais. Segundo João Emanuel Evangelista, “não é mais possível as Ciências Sociais ignorarem a Comunicação, ou seja, esses processos midiáticos impactam diretamente nas Ciências Sociais, criam novas formas de relações sociais e criam novas possibilidades de ações políticas e práticas políticas e culturais”. Ainda de acordo com ele, em razão dessa linha de pesquisa, o grupo passou a constituir uma referência de movimento nacional de pesquisa de mídia e política. “Fizemos parte de uma rede de pesquisadores que compartilhavam a mesma preocupação, e mantínhamos um intercâmbio com professores do Nordeste e de outras universidades do país como, por exemplo, a PUC,a UnB”,explicou o professor.