Jornalismo, Educação e Novas Tecnologias

Jornalismo, Educação e Novas Tecnologias

Entrevista em 23 de março de 2009

Maria das Graças Pinto Coelho se formou em Comunicação Social em 1984, pela UFRN. Mas, o jornalismo não foi a primeira opção acadêmica da professora. Antes de ingressar no “mundo das notícias”, Graça Pinto estudou Ciências Políticas na Espanha, na Universidade Autônoma de Barcelona. Durante o curso descobriu que queria ser jornalista.
Antes de se dedicar a carreira acadêmica, Graça Pinto atuou quinze anos como jornalista profissional, cinco deles em Natal, cobrindo política, e os demais no eixo Rio – São Paulo, em veículos como a Folha de São Paulo, a revista Isto É e Rede Globo, cobrindo área de mídia e educação, temas com os quais trabalha até hoje como professora e pesquisadora.
Graça Pinto ingressou na UFRN entre 1993 e 1994, como professora substituta do curso de Departamento de Comunicação Social (DECOM), sendo efetivada em 1996. Nessa época, foi assessora de comunicação da ADURN. Paralelamente a este trabalho, cursou o mestrado na área de educação, desenvolvendo uma dissertação sobre “Educação e Cultura da Informação”.
Em 1998, iniciou o doutorado no Instituto de Estudos de Mídia da Inglaterra, pesquisando a influência das novas tecnologias no processo de aprendizagem, especialmente no ambiente escolar. Em 2003, retornou para UFRN, onde colaborou com a fundação da base de pesquisa “Grupo de Estudos de Mídia – GEMINI”. Umas das principais pesquisas que a professora está desenvolvendo no GEMINI é o moni-toramento de notícias relacionadas à agenda social do Governo, num projeto chamado “Mídia Alerta”. “O ‘Mídia Alerta’ é um recorte analítico de matérias de alguns jornais de Natal sobre temas como saúde, educação e meio ambiente com o objetivo de identificar a defasagem comunicacional que existe entre a agenda social do Governo e o cidadão”, explica a professora.
Em 2007, o “Mídia Alerta” se desdobrou em outro projeto, o “Papo Cabeça”, que é um estudo sobre os processos de significação sócio-culturais da população. Nesse trabalho, estão envolvidos quatro doutorandos, um mestre e três mestrandos. “O universo da pesquisa são os alunos do ensino médio, e o seu objetivo é entender como o jovem se vê na mídia e se relaciona com essa exposição”, finaliza a Graça Pinto.
Grande parte da produção científica da professora está registrada em três livros. O último deles, lançado em novembro do ano passado, debate o papel das telecomunicações no desenvolvimento do Brasil. Atualmente, o foco do trabalho de Graça Pinto é a implantação do primeiro mestrado em Comunicação Social do estado, na área de Estudos da Mídia, do qual ela é a coordenadora.
 


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