Entrevista em 23 de fevereiro de 2010
Raimundo Nonato Nunes é Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (1977) e Especialista em Ciências do Esporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (1979). Foi Vice-Coordenador do Laboratório de Avaliação e Atividades Físicas – LAFIS (2007-2009), e membro de Colegiados e Câmaras de Extensão e Ensino do Departamento de Educação Física da UFRN.
Ainda como monitor, Raimundo ministrou aulas na UFRN entres os anos de 1973 e 1977 devido à falta de professores capacitados para assumir as disciplinas do recém-criado curso de Educação Física (1972). Somente em 1978, através de concurso, ingressou como professor colaborador do Departamento de Educação Física à frente das disciplinas ‘Futebol’ e ‘Práticas Desportivas’.
Como pesquisador, Raimundo Nonato participou de um estudo nacional – ‘Antropojeb’s’ – do Laboratório de Pesquisa do Exercício da UFRGS, coordenado pelo Dr. Eduardo Henrique de Rose, e de relevância para o desenvolvimento do atletismo no país. O trabalho fez uma avaliação antropométrica – metodologia que mede vários segmentos do corpo para que se possa fazer comparações; à exemplo do diâmetro de panturrilha e coxa, altura, etc – dos atletas de ponta do Brasil, comparando-os com os atletas de renome internacional. Detectou-se a defasagem antropométrica existentes entre os atletas nacionais e os internacionais: o atleta brasileiro era dotado de uma percentagem de gordura significativamente maior, e o aporte muscular bem menor que o dos atletas internacionais.
Além de atuar na área de ensino ministrando atualmente as disciplinas de ‘Futebol de Salão’, ‘Futebol’, ‘DEF 650’, ‘DEF 651’, Raimundo desenvolve também projetos de Pesquisa e Extensão – ‘Caminagua’ e ‘Ginástica Laborativa’.
O Projeto ‘Caminagua’ objetiva a perda de massa adiposa através do deslocamento na água e movimentos auxiliares. Apesar de se tratar de uma pesquisa não finalizada, já existem elementos que apontam para perda efetiva de gordura, ganho de massa muscular, melhoria na densidade óssea – combatendo a osteoporose –, e ganho de amplitude articular, o que gera facilidade no desempenho das funções básicas do indivíduo.
A ‘Ginástica Laborativa’ foi implementada no Departamento de Administração de Pessoal (DAP), na TV Universitária (TVU) e no Núcleo de Pesquisas em Alimentos e Medicamentos da Universidade (Nuplan), com o intuito de combater as doenças crônico-degenerativas e geradas pelo uso intermitente de computadores. A ginástica possibilita ao trabalhador, no momento de sua aposentadoria, desempenhar suas funções básicas sem as restrições impostas pelas limitações musculares, particulares e orgânicas.
