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Publicado em 09 de outubro de 2013 às 15h11min
Tag(s): Movimento Estudantil
Na noite de quinta-feira (3), cerca de 150 estudantes ocuparam o prédio da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), campus Barão Geraldo, após assembleia geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que debateu a presença da Polícia Militar no campus.
A atuação da PM é resultado da oferta do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, como medida de segurança após o assassinato do estudante Dênis Papa Casagrande após uma festa realizada nas instalações da universidade. Dênis foi esfaqueado durante uma briga com um grupo de punks. A Unicamp anunciou que permitiria a presença da PM no dia 27 de setembro.
Para os estudantes, essa foi uma decisão arbitrária. ‘’A reitoria se utilizou de uma fatalidade para autorizar a entrada da polícia, mas nós sabemos que esse é um projeto antigo para todas as estaduais paulistas. Uma decisão antidemocrática que não passou por conselhos ou pelos estudantes. Saiu do gabinete do reitor para a grande mídia’’, falou a coordenadora do DCE, Diana Nascimento.
Em nota, a reitoria da Unicamp disse que a administração já informou publicamente a discussão de um plano de segurança para todos os campi da Unicamp. ‘’A reitoria constituiu um grupo de trabalho para elaborar, com máxima urgência, um pré-plano de segurança a ser apresentado e discutido com toda a comunidade. Após esta discussão, o plano será submetido à aprovação do Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação na Universidade”, afirma o documento.
Nesta segunda-feira (7), uma nova assembleia com a presença de 800 estudantes decidiu por manter a ocupação. ‘’Tivemos uma reunião com a reitoria na sexta-feira [4] mas as propostas foram muito vagas. Com esse movimento conseguimos ver que quando os estudantes se organizam e tomam ações conjuntas é possível avançar cada vez mais nas demandas. Por isso, seguiremos mobilizados contra a presença da polícia’’, declarou Diana.
Fonte: Site da UNE