Contra desmonte do Estado, docentes da UFRN realizam ato Político-Cultural no Dia Nacional de Paralisação

Publicado em 05 de outubro de 2016 às 13h23min

Tag(s): PEC 241



A retirada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela por 20 anos os investimentos públicos da União na Saúde e Educação, entre outras propostas e projetos que utilizam a dívida pública como justificativa para corte de direitos sociais e aprofundamento de injustiças. Esta é a principal reivindicação dos docentes da Universidade federal do Rio Grande do Norte, que realizaram na manhã desta quarta, 5, um Ato Político-Cultural, no Centro de Convivência da UFRN.

A ação marca o início das mobilizações do ADURN-Sindicato neste dia nacional de luta contra o \"desmonte\" do Estado. Segundo o presidente do Sindicato, Wellington Duarte, o objetivo da manifestação é mostrar ao país como a PEC \"atinge não apenas professores e servidores à medida que congela os investimentos e políticas que beneficiam toda a população\".

A entidade quer pressionar os deputados a não votarem a PEC, que está em discussão desde esta terça-feira (4), na comissão especial que analisa o texto do relator da matéria, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Às 15h, o Sindicato fez uma discussão sobre os impactos da PEC 241 para a Educação Pública, Saúde e Universidades no departamento de Farmácia da UFRN, e às 16h foi ealizada uma panfletagem na parada do Circular, na lateral do shopping Via Direta. \"Queremos alertar os colegas, os estudantes, os servidores e a população sobre as ameaças do fim das vinculações de recursos para a educação e a saúde pública”, esclareceu a vice-presidente do Sindicato, Gilka Pimentel.

Docentes dos campi do interior (Caicó,Currais Novos, Jundiaí e Santa Cruz) participaram das atividades em Natal durante toda a manhã. A professora Clebia Silva, de Currais Novos, falou dos riscos de interrupção da política de interiorização que os projetos que tramitam no Congresso Nacional representam.

A preocupação foi reforçada pelo professor Alex Reineck de Alverga, do curso de psicologia da FACISA. Para ele, é importante a participação, especialmente dos docentes das áreas de expansão das Universidades no interior do Estado, do calendário de mobilizações do Sindicato “tendo em vista a enfrentar o que se quer com a aprovação desse novo regime fiscal, um verdadeiro retrocesso para as políticas educacionais e de saúde”.

As intervenções políticas feitas durante o ato convergiram para a preocupação com o cenário classificado como “extremamente grave” para Educação e Universidades Públicas e o papel dos professores da UFRN nesse processo.

“É importante discutirmos o que está acontecendo a nível nacional. Se não nos mobilizarmos agora, depois será muito difícil barrar essas propostas que colocam em risco as conquistas dos últimos anos”, enfatizou a professora Jacira Maria Andrade de Sousa, do Centro de Biociências.

CERES Caicó

Mobilizados em Caicó, professores do CERES defenderam resistência às propostas de retrocessos à saúde, à educação, a direitos sociais e aos trabalhadores em ato realizado na noite desta quarta, 5, com a presença de alunos e servidores. Para os manifestantes, é preciso alertar a sociedade sobre o desmonte do Estado brasileiro.

ADURN Sindicato
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